🎥 10 curiosidades incríveis sobre o filme “A Noite dos Mortos-Vivos” (1990) que você (provavelmente) não sabia!

Lançado em 1990, “A Noite dos Mortos-Vivos” é uma reinterpretação do clássico de 1968, dirigido por George A. Romero. Sob a direção de Tom Savini, conhecido por seu trabalho como especialista em efeitos especiais, o filme preserva a essência do original, mas com elementos modernos que o tornaram uma obra única.
O enredo segue um grupo de sobreviventes que busca refúgio em uma casa isolada enquanto hordas de zumbis invadem a região. Além de reviver o terror e a crítica social que marcaram o primeiro filme, a versão de 1990 introduz personagens mais desenvolvidos e cenas de ação intensificadas, além de melhorias nos efeitos especiais.
Embora seja frequentemente considerado uma adaptação mais acessível do que o original, “A Noite dos Mortos-Vivos” de 1990 se tornou um marco na história dos filmes de terror, recebendo elogios pela qualidade de sua direção e pela forma como reinterpretou um dos maiores ícones do gênero.
1 – O DIRETOR TINHA POUCA EXPERIÊNCIA
Antes de se tornar diretor de cinema, George A. Romero teve experiência em curtas-metragens e comerciais. No final dos anos 1960, ele e nove amigos fundaram a produtora Image Ten Productions. Foi por meio dessa empresa que George Romero deu vida ao clássico “A Noite dos Mortos-Vivos”.
Inicialmente, Romero e o roteirista John A. Russo planejavam criar uma comédia de terror intitulada Monster Flick. No entanto, após várias reescritas, decidiram focar em uma história sobre zumbis, chamados de “ghouls” no filme.
2 – O FILME FOI GRAVADO EM PRETO E BRANCO DE PROPÓSITO
“A Noite dos Mortos-Vivos” é amplamente reconhecido por ser em preto e branco. Segundo o Screen Rant, a escolha de Romero de filmá-lo em 35 mm sem cores foi motivada por uma questão de orçamento, já que era o único tipo de filme que ele podia pagar.
De acordo com o site, o uso do filme preto e branco de 35 mm conferiu ao longa uma sensação de documentário, trazendo uma atmosfera tensa e realista. Assistir ao filme era como acompanhar uma reportagem de época.
Além disso, o estilo granuloso do 35 mm utilizado por Romero acabou influenciando a estética suja de muitos filmes de exploração que surgiram depois.
3 – O FILME FOI BASEADO EM UM LIVRO DOS ANOS 50, MAS O AUTOR NÃO GOSTOU MUITO
“I Am Legend” (1954), o influente romance de Richard Matheson, foi uma das principais fontes de inspiração para George Romero e John A. Russo ao escreverem o roteiro de “A Noite dos Mortos-Vivos”.
De acordo com o Screen Rant, o livro se passa em Los Angeles e gira em torno de um vírus que transforma as pessoas infectadas em criaturas semelhantes a vampiros, que se alimentam de outros.
Eventualmente, Matheson assistiu ao filme, mas não ficou particularmente entusiasmado com a adaptação. Em uma entrevista, o escritor comentou que achou o filme “meio clichê”.
4 – PRIMEIRO FILME DE TERROR COM PROTAGONISTA NEGRO
Segundo o Screen Rant, Romero e Russo não tinham um ator negro em mente quando escreveram o roteiro para o papel principal. Duane Jones foi escolhido para interpretar Ben porque ele obteve o melhor desempenho nas audições.
“A Noite dos Mortos-Vivos” foi o primeiro longa-metragem de Jones e também fez história ao ser o primeiro filme de terror a ter um ator negro como protagonista. Após esse papel, o ator estrelou o cult de terror “Ganja & Hess” (1973).
5 – UM TOQUE DE HUMOR
Embora “A Noite dos Mortos-Vivos” seja essencialmente um filme de terror, Tom Savini introduziu elementos de humor, algo menos presente no original de Romero.
Ele acreditava que o humor ajudava a aliviar a tensão e oferecia uma abordagem mais humana para os personagens que lutavam para sobreviver. Isso adicionou camadas ao filme, tornando-o acessível a uma nova geração de fãs de terror.
6 – ZUMBIS MAIS SELVAGENS E AMEAÇADORES
Os zumbis do remake de 1990 são mais agressivos e assustadores do que no original de 1968. Tom Savini implementou um design mais grotesco, com efeitos visuais mais complexos e mais movimentos rápidos.
Essa mudança refletiu a evolução dos filmes de terror na década de 1990, onde os zumbis se tornaram criaturas mais selvagens e ameaçadoras, ao invés dos mortos-vivos lentos e “trôpegos” do passado.
7 – EFEITOS PRÁTICOS E MAQUIAGEM PESADA
Tom Savini, além de diretor, também é conhecido como um dos mais respeitados artistas de efeitos especiais no cinema de terror. Ele trabalhou em filmes como “Creepshow” e “Dia dos Mortos”.
Em “A Noite dos Mortos-Vivos” (1990), Savini aplicou técnicas de maquiagem inovadoras para criar os mortos-vivos, utilizando efeitos práticos que deram um toque realista e horrível aos zumbis.
8 – USARAM VÍCERAS DE VERDADE
“A Noite dos Mortos-Vivos” é um dos primeiros filmes a exibir grandes quantidades de sangue na tela. O filme é bastante gráfico, pois mostra zumbis atacando e devorando pessoas. Para criar esses efeitos com um orçamento limitado, a equipe precisou fazer cortes significativos nos custos.
Por exemplo, a escolha de filmar em preto e branco permitiu que a equipe usasse calda de chocolate no lugar de sangue falso, assim como foi feito em “Psicose”, clássico dos anos 60 do diretor Alfred Hitchcock. Além disso, utilizaram presunto e vísceras, que foram doados por um açougue local, para criar as cenas de carnificina.
9 – ORÇAMENTO HUMILDE E BILHETERIA ALTÍSSIMA
O filme foi produzido com um orçamento modesto de apenas US$114 mil. Quando lançado, ele arrecadou incríveis US$30 milhões mundialmente, o que significa que “A Noite dos Mortos-Vivos” gerou 250 vezes o valor investido em sua produção. Além disso, o filme deu origem a cinco sequências e diversos remakes ao longo dos anos.
10 – O FINAL É MAIS OTIMISTA DO QUE O DA VERSÃO DOS ANOS 60
O final do filme “A Noite dos Mortos-Vivos” (1968) e seu remake de 1990 apresentam abordagens distintas, embora ambos explorem o tema da luta pela sobrevivência contra os mortos-vivos. No original de 1968, o final é trágico e sombrio.
O protagonista, Ben, é aparentemente salvo no final, mas é morto por um grupo de caçadores de zumbis, que o confundem com um dos mortos-vivos. Esse desfecho reflete a crítica social do filme sobre o racismo e a violência.
Já no remake de 1990, o final é mais otimista. Ben sobrevive e, com isso, o filme apresenta uma reinterpretação da história com um tom mais redentor. A versão de 1990 também foca mais no desenvolvimento dos personagens e no aspecto psicológico dos sobreviventes, ao passo que a versão original enfatiza o terror direto e o impacto social das atitudes humanas frente ao apocalipse zumbi.
CONCLUSÃO
“A Noite dos Mortos-Vivos” é uma reinvenção fascinante do clássico de George A. Romero, trazendo uma abordagem mais moderna e impactante ao terror. Ao preservar o núcleo essencial do original, o filme atualiza as cenas de violência e tensão para a década de 1990, com efeitos especiais e uma narrativa mais visceral. A obra não só solidifica a importância do gênero de filmes de zumbis, mas também destaca questões sociais como o medo do desconhecido e a luta pela sobrevivência.
A direção de Tom Savini, famoso por seus efeitos de maquiagem e visual inovador, traz uma nova camada ao universo de Romero, oferecendo uma experiência única tanto para os fãs do original quanto para novas gerações.
“A Noite dos Mortos-Vivos” de 1990, portanto, permanece um marco essencial na história do cinema de terror, equilibrando tradição e inovação com maestria.