🎥 7 curiosidades incríveis sobre o filme “A Profecia” (1976) que você (provavelmente) não sabia!

Lançado em 1976, “A Profecia” se tornou um clássico do cinema de terror, marcando uma era de filmes sobre o oculto e o sobrenatural. Dirigido por Richard Donner e com um roteiro de David Seltzer, o filme conta a história de Damien Thorn, um menino aparentemente inocente que, na realidade, é o Anticristo. Com sua atmosfera tensa e cenas impactantes, “A Profecia” não só assustou o público da época, mas também deixou um legado duradouro no gênero de filmes de terror.
A obra foi responsável por lançar no mainstream o conceito de “terror psicológico”, combinando elementos de suspense, mistério e horror religioso. Além disso, a produção foi marcada por eventos curiosos e até mesmo por lendas sobre uma maldição envolvendo o elenco e a equipe.
Neste texto, exploraremos algumas dessas curiosidades que fazem de “A Profecia” um filme fascinante e inesquecível.
1 – O ROTEIRO SERIA BEM DIFERENTE
Nos anos 1960 e 1970, o cinema de terror passou por um período de grande produção e qualidade. Entre 1965 e 1975, surgiram filmes marcantes, e um dos mais impactantes foi “O Exorcista”, que conquistou fama e virou referência. Aproveitando o sucesso deste filme de William Friedkin, outros cineastas e estúdios buscaram explorar histórias de possessão e forças demoníacas.
Foi nesse contexto que surgiu a ideia para “A Profecia”. Inicialmente chamada “O Anticristo” e até “A Marca de Nascença”, a obra teve sua origem em uma conversa entre o produtor Harvey Bernhard e seu amigo Bob Munger sobre a Bíblia.
A partir das ideias de Munger, Bernhard contratou o roteirista David Seltzer para escrever o roteiro. Richard Donner, até então focado apenas em produções televisivas, se encantou com a proposta, vendo nela a oportunidade de se destacar como diretor de filmes.
No entanto, Donner e Seltzer tinham visões diferentes para o roteiro. Donner solicitou que Seltzer retirasse todas as cenas relacionadas ao sobrenatural, para que o público ficasse em dúvida se os eventos sinistros eram causados por forças malignas ou se seriam apenas coincidências. Por outro lado, Seltzer queria deixar claro que Damien Thorn era, de fato, o anticristo. No final, Bernhard optou pela abordagem de Donner.
2 – A MARCANTE TRILHA SONORA
A música tema, “Ave Satani”, composta por Jerry Goldsmith, é um dos elementos mais marcantes do filme. Sua melodia sombria e sinistra foi vencedora do Globo de Ouro de Melhor Trilha Sonora Original e ajudou a solidificar a atmosfera aterrorizante do filme.
3 – ATOR MIRIM ATACOU DIRETOR EM SEU TESTE PARA O PAPEL
Damien é o principal vilão em “A Profecia”. Filho de Satanás, ele carregava um grande fardo quando foi enviado à Terra. Dado o peso de seu papel, a escolha do ator mirim para interpretá-lo não foi tão fácil.
Durante a audição, o diretor Richard Donner pediu a Harvey Stephens que realizasse uma das cenas mais difíceis para uma criança: o momento em que Damien entra em um ataque de raiva. Para isso, Donner desafiou o garoto a atacá-lo, e Stephens o fez com tanto vigor que acabou atingindo as partes baixas do diretor.
Antes de ser escalado para o papel, Stephens era um garoto loiro, mas, para dar um ar mais maligno ao personagem, seu cabelo foi pintado de preto, removendo qualquer traço de sua aparência angelical.
Além disso, o nome “Damien” não foi a escolha original. O roteirista David Seltzer queria dar ao personagem o nome de Domlin, inspirado em um garoto travesso, filho de um amigo. Porém, sua esposa o convenceu a desistir dessa ideia, temendo que isso pudesse prejudicar a amizade com o amigo e causar desconforto à criança.
4 – ESCOLHENDO O NOME DA CRIANÇA
O nome “Damien”, dado ao filho de Robert e Katherine Thorn, foi escolhido por seu significado simbólico. Ele é derivado de “Daimon”, que se refere a um espírito maligno ou demônio, reforçando o papel da criança como o Anticristo na história.
5 – ATOR RECUSOU O PAPEL DE ROBERT THORN, MAS SE ARREPENDEU
O produtor Bernhard mencionou diversas vezes que Gregory Peck sempre foi a primeira opção para o papel de Robert Thorn, o embaixador. Apesar de algumas preocupações em relação à trama e à possível cena de assassinato de uma criança, Peck se interessou pelo roteiro, comentando que o filme tinha mais ares de um thriller psicológico do que de um filme de terror clássico, e, por isso, aceitou o papel.
No entanto, outros atores também foram cogitados para interpretar o embaixador, e até mesmo alguns chegaram a receber ofertas para o papel. Nomes como Oliver Reed, Roy Scheider, Dick Van Dyke e Charles Bronson foram considerados. William Holden recusou o papel porque não queria se envolver em um filme sobre o demônio, mas depois do sucesso do primeiro filme, ele acabou interpretando o irmão de Robert Thorn em “A Profecia II”.
6 – FRASES DO MARKETING CHAMARAM A ATENÇÃO DO PÚBLICO
Os pôsteres e outros materiais promocionais do filme traziam frases impactantes, como “Bom dia, você está a um dia mais próximo do fim do mundo”, “Lembre-se, você foi avisado” e “É um aviso esquecido por milhares de anos. É o nosso último aviso final. É A Profecia”.
Essas mensagens ajudaram a criar um clima de tensão e mistério, aumentando a expectativa e o envolvimento do público.
7 – VÁRIAS MALDIÇÕES NOS BASTIDORES
Logo antes de as filmagens começarem, o avião de Gregory Peck foi atingido por um raio. Três dias depois, quando o produtor Mace Neufeld estava a caminho da Inglaterra no mesmo voo, seu avião também sofreu um raio. Diz-se que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, mas os acontecimentos bizarros estavam apenas começando.
Em outro incidente envolvendo aviões, a equipe havia fretado uma aeronave para cenas aéreas, mas o voo foi cancelado devido a conflitos de agenda. O avião que estava reservado acabou se acidentando, colidindo com um carro e resultando em várias mortes.
Após as filmagens em um parque safari, um dos funcionários do zoológico foi atacado e morto por um leão. Em uma cena no cemitério, o dublê de Gregory Peck foi atacado por rottweilers, que conseguiram ultrapassar a roupa de proteção e causaram ferimentos graves.
Após as filmagens, John Richardson, o diretor de efeitos especiais, e sua assistente Liz Moore sofreram um acidente de carro enquanto viajavam para seu próximo filme. Moore sobreviveu, mas Richardson morreu de forma trágica, decapitado. O mais impactante é que Richardson foi o responsável pela cena de decapitação de “A Profecia”, o que torna essa tragédia ainda mais assustadora.
Esses e outros incidentes fizeram com que “A Profecia” fosse considerada uma das produções mais amaldiçoadas de todos os tempos. Vários especiais e documentários exploraram essas “maldições” durante e após as filmagens, tornando a história do filme ainda mais envolvente e assustadora.
CONCLUSÃO
Em conclusão, “A Profecia” (1976) se destaca como um dos filmes de terror mais impactantes e duradouros da história do cinema. Seu enredo envolvente, que mistura elementos de suspense e terror sobrenatural, continua a cativar gerações de espectadores.
Além disso, as curiosidades que envolvem sua produção, como as alegações de acontecimentos estranhos durante as filmagens, acrescentam uma camada de mistério à sua história. A atuação marcante de Gregory Peck e o roteiro envolvente de David Seltzer consolidaram a película como um clássico do terror psicológico.
Mesmo décadas após seu lançamento, “A Profecia” permanece relevante, sempre sendo lembrada como um exemplo de como o medo e o suspense podem ser habilmente manipulados no cinema para criar uma experiência inesquecível para o público.