“O Lobo de Wall Street” (2013), dirigido por Martin Scorsese e estrelado por Leonardo DiCaprio, é uma adaptação da autobiografia de Jordan Belfort, um corretor da bolsa que ascendeu ao poder e à riqueza com métodos duvidosos, antes de ser preso por fraude e lavagem de dinheiro.
O filme, que mistura comédia, drama e sátira, ficou famoso por suas cenas intensas e pela atuação de DiCaprio, que foi indicada ao Oscar. A produção não apenas explora a vida desregrada de Belfort e sua trajetória no mercado financeiro, mas também lança um olhar crítico sobre a ganância e os excessos do capitalismo.
Embora tenha sido aclamado pela crítica, “O Lobo de Wall Street” também gerou controvérsia por sua abordagem ousada de temas como drogas, sexo e corrupção. Neste artigo, exploraremos algumas curiosidades fascinantes sobre o filme que nem todos conhecem, revelando os bastidores dessa grandiosa produção.
1 – CENAS DE SEXO
Por conta do seu conteúdo explícito, o filme foi vetado em diversos países. Margot Robbie interpreta Naomi Lapaglia, a amante de Belfort, e aparece nua em uma das sequências – sendo essa a sua primeira cena de nudez em sua trajetória profissional.
A cena em que o casal tem relações sexuais, com o cachorro de Naomi presente, precisou ser regravada várias vezes, pois não conseguiam fazer o animal realizar a ação esperada. Para solucionar isso, esconderam pedaços de ração entre os pés dos atores.
2 – IMPROVISOS
Em “O Lobo de Wall Street”, várias cenas memoráveis foram improvisadas, resultando em momentos espontâneos e autênticos. Uma das cenas mais emblemáticas foi a famosa sequência do “congresso de lobos”, em que Jordan Belfort, interpretado por Leonardo DiCaprio, faz um discurso inflamado para sua equipe.
DiCaprio e o diretor Martin Scorsese permitiram que o ator se entregasse à energia do momento, sem seguir um roteiro rígido, o que gerou uma performance altamente energética e emocionante.
Outro exemplo foi a cena em que o personagem de DiCaprio, bêbado e em um estado de embriaguez extrema, tenta escalar um carro, mas não consegue. Esse momento de caos e humor também foi improvisado, pois o ator foi incentivado a se jogar totalmente na situação sem um script pré-determinado, criando uma das cenas mais hilárias e imprevisíveis do filme. Essas improvisações trouxeram um tom mais realista e vibrante à obra.
3 – RECORDE DE PALAVRÕES
Os diálogos não pouparam o uso de palavrões. O termo “fuck”, por exemplo, aparece 506 vezes nas três horas de duração de filme, estabelecendo um novo recorde no cinema dos Estados Unidos, segundo o site da revista “Variety”.
Anteriormente, o filme “O Verão de Sam”, de Spike Lee (1999), detinha o topo da lista com 435 menções.
4 – STEVEN SPIELBERG DIRIGIU UMA CENA
Durante as filmagens do filme, Steven Spielberg, diretor de vários clássicos, como “Jurassic Park – O Park dos Dinossauros”, “Tubarão” e “E.T – O Extra Terrestre”, fez uma aparição inesperada para dirigir uma cena.
Scorsese, o diretor principal, estava lidando com outro aspecto da produção e pediu a Spielberg para dirigir um momento específico, o que gerou grande entusiasmo no elenco. A cena em questão foi a de Jordan Belfort, interpretado por Leonardo DiCaprio, realizando um discurso.
Spielberg ajudou a intensificar a energia da cena e criando uma atmosfera única, com a assinatura de sua direção. Essa colaboração adicionou uma camada especial ao filme.
5 – PERUCAS PUBIANAS?
Margot Robbie confirmou em uma entrevista que precisou usar “perucas pubianas” para fazer cenas mais quentes com Leonardo DiCaprio: “Esses filmes utilizam algo chamado de ‘perucas pubianas’, que são como perucas, mas para a região genital. Eu me lembro que, em ‘O Lobo de Wall Street’, havia uma sala inteira dedicada a essas perucas”, contou Robbie.
“Acho que as pessoas entravam lá e escolhiam uma. Não vou entrar em detalhes, mas foi algo bastante interessante. É um aspecto pouco conhecido da indústria do cinema”, concluiu.
6 – LEONARDO DICAPRIO VOMITOU DE VERDADE NO FILME
Durante a gravação da famosa cena em que Leonardo DiCaprio está uma festa luxuosa e decide comer sushi, o que parecia ser uma refeição simples se transformou em um desafio. Na cena, DiCaprio engole o sushi enquanto seu colega de elenco, interpretado por Jonah Hill, observa. No entanto, o sushi era um prato altamente apimentado e, ao engolir, DiCaprio não conseguiu conter a reação física. Ele passou a se sentir mal e, diante da câmera, acabou vomitando.
A reação de DiCaprio foi completamente natural e genuína, já que ele não sabia exatamente o que estava comendo até o momento da filmagem. O diretor Martin Scorsese ficou tão impressionado com a veracidade da cena que decidiu mantê-la no corte final do filme, mostrando um momento de improviso hilário e memorável.
7 – A DROGA, NA VERDADE, ERA VITAMINA B
Em uma das primeiras cenas, o personagem de Leonardo DiCaprio inala cocaína usando um canudo, colocado na parte de trás de uma mulher. Este é apenas um exemplo entre muitas outras ocasiões em que os personagens são vistos consumindo a substância, em diversas situações, durante o filme.
No entanto, em todas essas cenas, os atores estavam, na verdade, aspirando vitamina B em pó. “Isso fez nosso nariz arder”, comentou DiCaprio em uma coletiva de imprensa em Nova York.
8 – JORDAN BELFORT NUNCA FOI CHAMADO DE “LOBO”
Jordan Belfort, o ex-corretor de ações retratado no filme, nunca foi conhecido como “Lobo”, ao contrário do que o título sugere. De acordo com Danny Porush (uma das pessoas que inspiraram o personagem de Jonah Hill), essa foi uma exagerada invenção tanto do filme quanto do livro de Belfort. Na verdade, Belfort passou muito pouco tempo em Wall Street.
9 – ALGUNS CORRETORES QUE TRABALHARAM COM O JORDAN BELFORT VERDADEIRO APARECEM NO FILME
No set de “O Lobo de Wall Street”, alguns dos corretores que aparecem nas cenas eram, na verdade, profissionais reais da empresa Stratton Oakmont. A produção decidiu incluir esses corretores autênticos para dar mais verossimilhança às cenas de negociações frenéticas e comportamentos extravagantes retratados no filme.
Muitos desses corretores haviam trabalhado com Jordan Belfort, o personagem de Leonardo DiCaprio, na vida real, o que ajudou a criar uma atmosfera mais genuína e fiel ao ambiente de excessos e ambição que dominava a empresa.
10 – O VERDADEIRO JORDAN BELFORT APARECE NO FILME
O verdadeiro Jordan Belfort faz uma breve aparição, marcando uma conexão entre a obra de ficção e a realidade. Belfort aparece no final do filme, durante a cena em que o personagem de DiCaprio, agora em um estado mais humilde, está fazendo uma palestra motivacional.
Sua participação é uma espécie de meta-referência, mostrando que, apesar de suas ações ilícitas e do comportamento imoral retratado, ele ainda segue com sua carreira, agora como “guru” de autoajuda e palestrante.
Jordan Belfort, hoje com 62 anos, trabalha como palestrante motivacional, consultor de vendas e escritor.
CONCLUSÃO
“O Lobo de Wall Street” é uma obra cinematográfica marcante que não apenas capturou a essência dos excessos e da corrupção do mundo financeiro, mas também deixou uma marca profunda na cultura popular. Com sua direção irreverente de Martin Scorsese, atuação impecável de Leonardo DiCaprio e uma narrativa audaciosa, o filme mergulha no lado sombrio do capitalismo, expondo as falhas de um sistema movido pela ganância.
As curiosidades que cercam a produção, desde a intensidade das performances até as cenas improváveis baseadas em fatos reais, tornam “O Lobo de Wall Street” uma experiência única.
A história é um retrato da obsessão pelo poder e da moralidade questionável que permeia os bastidores de Wall Street, oferecendo uma reflexão provocativa sobre os limites entre sucesso e decadência. Sem dúvida, o filme continua a ser uma referência no cinema contemporâneo.
