Lançado em 2015, “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” trouxe de volta à vida o icônico universo dos dinossauros, revivendo a franquia Jurassic Park após um hiato de 14 anos. O filme, dirigido por Colin Trevorrow, transporta o público para um parque temático completamente funcional e moderno, onde criaturas pré-históricas geneticamente modificadas são as grandes atrações.
No entanto, quando um dinossauro híbrido, criado para aumentar o interesse dos visitantes, foge de controle, o caos se instala, e os personagens precisam lutar pela sobrevivência.
Com efeitos especiais impressionantes e uma narrativa que equilibra ação, suspense e nostalgia, “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” conquistou uma nova geração de fãs e arrecadou mais de US$1,6 bilhão mundialmente.
Este texto explora algumas curiosidades fascinantes sobre os bastidores, desenvolvimento e impacto cultural do filme que reativou a paixão por dinossauros na telona.
1 – PREMONIÇÃO DE CHRIS PRATT?
O principal destaque da franquia é Chris Pratt, que teve um crescimento rápido em Hollywood a partir de 2014, tornando-se praticamente sinônimo de sucesso nas bilheterias.
Curiosamente, existe um vídeo de bastidores que ele gravou de forma divertida durante a segunda temporada de “Parks and Recreation”, por volta de 2009, onde finge estar trocando mensagens com Steven Spielberg, supostamente recusando um papel em “Jurassic Park IV” para continuar gravando a série.
Seis anos depois, Pratt estava nas telas, protagonizando cenas repletas de ação ao lado dos dinossauros de Spielberg.
2 – SPIELBERG PARTICIPOU DO PROJETO
Embora não tenha retornado como diretor, Spielberg participou ativamente do projeto, assumindo o papel de produtor executivo e contribuindo com diversas ideias criativas para o diretor Colin Trevorrow.
Entre as sugestões mais interessantes estão o vale das Girosferas e a arquibancada móvel do aquário do Mosassauro. A Girosfera remete ao conceito do passeio original do primeiro filme, que permitia aos visitantes circular entre os dinossauros. Já a arquibancada foi resultado de uma combinação de ideias.
Colin insistia em incluir o Mosassauro devorando um tubarão, e quando Spielberg soube disso, ele adorou a ideia e sugeriu que a arquibancada “mergulhasse” com o público, oferecendo uma visão subaquática do réptil.
3 – A ORIGEM DA IDEIA
A ideia de revisitar o universo de “Jurassic Park” partiu de Steven Spielberg, que por anos se reuniu em segredo com o produtor Mark Protosevich para debater conceitos e avaliar se um novo filme da saga seria viável.
Quando Colin Trevorrow soube que o icônico diretor estava interessado em retomar uma de suas franquias mais aclamadas, ele prontamente se apresentou para dirigir o projeto, sem hesitar.
Porém, mais do que sua empolgação, o que realmente convenceu Spielberg a apostar em Colin foi o fato de que ele já trouxe um pré-roteiro bem desenvolvido, que acabou moldando o filme e impressionando profundamente o cineasta.
4 – PRIMEIRO FILME COM UM PARQUE OPERACIONAL
No universo de “Jurassic World”, o parque foi inaugurado em 2005, operando por cerca de uma década até o incidente com a Indominus Rex causar seu fechamento definitivo. Isso significa que o parque foi aprovado para abrir apenas oito anos após os eventos de “O Mundo Perdido: Jurassic Park” (1997), quando um Tiranossauro ficou solto em San Diego, deixando um rastro de destruição pelas ruas da cidade.
O curioso é que “Jurassic World” é o primeiro filme da franquia a mostrar um parque completamente operacional, já que o “Jurassic Park: Parque dos Dinossauros” original ainda estava em fase de testes, com várias atrações inacabadas, e a filial de San Diego foi abandonada após o desastre com o T-Rex, interrompendo sua construção.
5 – LOCAL DAS GRAVAÇÕES É O MESMO DO CLÁSSICO DE 1993
O objetivo do filme é retratar o parque funcionando na Ilha Nublar, a mesma do “Jurassic Park: Parque dos Dinossauros” original. Para isso, a produção filmou várias cenas na ilha havaiana de Oahu, especificamente no Kualoa Ranch, local usado nas gravações do filme de 1993.
No entanto, como o foco era criar um novo parque temático, a equipe aproveitou a estrutura do parque Six Flags, em Nova Orleans, que estava abandonado após o furacão Katrina, transformando-o no corredor principal de Jurassic World, repleto de lojas e atrações típicas de parques de diversão.
A sala de controle foi inspirada tanto na do Universal Studios, em Orlando, quanto nas instalações da NASA.
6 – “BEM-VINDOS AO JURASSIC WORLD”
A morte de Sir Richard Attenborough em 2014 foi um golpe duro para a produção, que decidiu finalizar o filme em sua homenagem, incluindo uma estátua dele no centro de convenções do parque.
Embora não tenha participado diretamente do novo filme, seu último papel pode ser considerado o de John Hammond. Spielberg e Trevorrow chegaram a encontrá-lo pouco antes de sua morte e regravaram a icônica frase “Bem-vindos ao Jurassic Park!” para o longa.
Infelizmente, a nova versão, “Bem-vindos ao Jurassic World!”, acabou sendo usada apenas no primeiro trailer do filme.
7 – OS EFEITOS VISUAIS
O primeiro trailer de “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” foi amplamente criticado pelo público devido ao uso excessivo de CGI nos dinossauros, em vez de utilizar animatrônicos, como na trilogia original.
O problema foi que o trailer foi lançado com os efeitos visuais inacabados, o que deixou uma impressão negativa e gerou certa desconfiança em relação ao projeto. No entanto, o filme combinou dinossauros criados por CGI com animatrônicos.
Com o avanço da franquia, o uso de animatrônicos voltou a ganhar mais destaque, substituindo gradualmente parte das criaturas digitais.
8 – UMA TEORIA BEM INTERESSANTE
Na época do lançamento, Owen Grady (Pratt) se tornou o foco de uma teoria bastante engraçada entre os fãs. Muitos acreditavam que a mensagem de “relacionamento baseado em respeito mútuo” entre ele e os raptores derivava de um trauma de infância que ele teria vivido em 1993.
Para alguns, Owen era aquele garoto que zombava do fóssil de Velociraptor encontrado em Badlands e acabava sendo aterrorizado pelo Dr. Alan Grant (Sam Neill) no início do filme original. O próprio ator que interpretou o menino fez uma declaração bem-humorada nas redes sociais, dizendo que homens como ele “não crescem e se tornam o Chris Pratt”.
Já o diretor Colin Trevorrow sempre afirmou que a história oficial de Owen era que ele era um cientista que trabalhava no treinamento de golfinhos na Marinha, o que o qualificou para o projeto de treinamento de animais de inteligência complexa, como os raptores.
9 – A MESMA DINOSSAURA
Se você acha que apenas o Dr. Henry Wu voltou do primeiro filme, está enganado. Uma velha conhecida, que conquistou o mundo em 1993, também retornou para brilhar em “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros”.
A T-Rex do novo parque é Roberta, a mesma que aterrorizou o trio de cientistas no passeio original.
O diretor confirmou que se trata da mesma dinossaura, uma moradora de 22 anos da Ilha Nublar, que envelheceu, ficou mais agressiva e, claro, ainda mais faminta.
10 – SEM SALTO ALTO, POR FAVOR
Uma das críticas mais marcantes ao filme foi a viralização das piadas sobre a personagem de Bryce Dallas Howard, Claire, que passou o filme inteiro de salto alto – desde se embrenhando na selva até correndo de um Tiranossauro Rex. Isso, no entanto, não foi por acaso, mas algo intencional e que exigiu bastante esforço da atriz.
O roteiro foi escrito considerando que Claire estaria lidando com a maior crise da história do parque logo após uma reunião de negócios com acionistas. Obviamente, ela não iria a uma reunião dessas de tênis, certo? Sabendo disso, Bryce fez um treinamento especial para aprender a correr de salto, pois entre andar descalça na selva ou manter os sapatos, ela optou por proteger os pés.
Após o sucesso do filme, o diretor Colin Trevorrow garantiu que ela não usaria salto na sequência, até anunciando o próximo filme com a hashtag “#SemSaltoAltoEm2018”.
CONCLUSÃO
“Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” não apenas revitalizou uma das franquias mais icônicas do cinema, mas também trouxe uma nova perspectiva sobre a relação entre humanos e dinossauros.
Com uma produção grandiosa e uma narrativa que mistura nostalgia e inovação, o filme conseguiu cativar tanto os fãs antigos quanto uma nova geração de espectadores. Além disso, a evolução dos efeitos visuais e o retorno de personagens icônicos proporcionaram uma experiência única que solidificou “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” como um marco no cinema contemporâneo.
À medida que a franquia avança, fica claro que a paixão por dinossauros e a curiosidade sobre essas criaturas pré-históricas continuarão a fascinar o público, garantindo que a história de “Jurassic Park: Parque dos Dinossauros” perdure por gerações.
