đ„ 12 curiosidades incrĂveis sobre o filme “Pocahontas” (1995) que vocĂȘ (provavelmente) nĂŁo sabia!

Lançado em 1995, “Pocahontas” Ă© um dos filmes mais clĂĄssicos da Disney, marcado por sua rica animação, trilha sonora inesquecĂvel e uma histĂłria inspirada em eventos reais. O longa-metragem conta a histĂłria de Pocahontas, uma jovem nativa americana, e seu encontro com John Smith, um explorador britĂąnico, em meio ao conflito entre as culturas nativas e os colonizadores.
Embora tenha sido um grande sucesso de bilheteira, o filme tambĂ©m gerou debates devido Ă liberdade poĂ©tica que tomou com os fatos histĂłricos. AlĂ©m disso, Pocahontas se destaca por sua abordagem da relação com a natureza, da identidade cultural e das escolhas difĂceis em tempos de adversidade.
Neste texto, exploraremos algumas curiosidades sobre a produção, os bastidores e os impactos do filme, revelando segredos e detalhes pouco conhecidos que tornam Pocahontas uma obra fascinante, tanto para adultos quanto para crianças, até hoje.
1 – CRIANDO A POCAHONTAS
Pocahontas teve a colaboração de 55 animadores para criar sua estĂ©tica visual. Ela Ă© frequentemente destacada como uma das personagens mais belas e autĂȘnticas entre todas as criaçÔes da Disney no universo da animação.
A atriz Irene Bedard, que dublou Pocahontas, tambĂ©m foi utilizada como modelo fĂsico para a criação da personagem.
2 – CRIANDO JOHN SMITH
John Pomeroy, responsåvel por supervisionar a animação de John Smith, assistiu a diversos filmes estrelados por Errol Flynn para capturar seus gestos e movimentos. Após concluir seu trabalho, outros 14 animadores foram chamados para dar vida ao personagem.
3 – UM ATIVISTA DOS DIREITOS DOS NATIVOS AMERICANOS AJUDOU NO ROTEIRO DO FILME
Mike Gabriel e Eric Goldberg, responsĂĄveis pela direção da animação, estavam comprometidos em garantir que o filme refletisse com precisĂŁo a cultura dos povos indĂgenas da AmĂ©rica do Norte. Para alcançar esse objetivo, eles buscaram o apoio de especialistas, historiadores e lĂderes comunitĂĄrios.
Russell Means, que deu voz ao chefe Powhatan, pai de Pocahontas na versĂŁo em inglĂȘs, era um ativista importante na defesa dos direitos dos nativos americanos. Em um documentĂĄrio, ele compartilhou que os diretores procuraram seu conselho, o que permitiu que o projeto fosse enriquecido com suas contribuiçÔes: “Fiquei impressionado com o inĂcio do filme quando li o roteiro”, disse Means, acrescentando: “Acredito que este Ă© o melhor trabalho sobre os nativos americanos jĂĄ feito por Hollywood”.
4 – MAMĂE
A ideia inicial era apresentar a mĂŁe de Pocahontas no filme, quebrando uma tradição do estĂșdio em nĂŁo incluir as mĂŁes das princesas… VocĂȘ jĂĄ tinha reparado nisso? Antes de “Pocahontas” ter sido lançado em 1995, somente a Aurora de “A Bela Adormecida”, lançado em 1959, tinha mĂŁe. Depois a Disney incluiu algumas mĂŁes em suas animaçÔes, como em “Mulan” (1998) e “Frozen – Uma Aventura Congelante” (2013), mas atĂ© aquele ano era muito incomum.
A mudança ocorreu apĂłs a equipe de produção realizar pesquisas e descobrir que Amonute, a verdadeira Pocahontas, nĂŁo tinha uma convivĂȘncia constante com sua mĂŁe. Com base nessa descoberta, decidiram remover a personagem, mantendo a figura paterna da princesa, para garantir uma representação mais fiel aos eventos histĂłricos.
5 – CRIANDO AS CANĂĂES
O filme apresenta sete mĂșsicas originais, todas criadas pelo vencedor do Oscar, Alan Menken, em parceria com o letrista premiado com o Tony Award, Stephen Schwartz. Antes de compor as mĂșsicas, eles estudaram o roteiro do filme.
Schwartz recordou em um documentĂĄrio: “Analisamos toda a histĂłria e pensamos: ‘acho que precisamos de uma mĂșsica aqui’ ou ‘seria interessante ter uma canção para o vilĂŁo'”. A primeira mĂșsica criada foi “Colors in the Wind” (“Cores do Vento” em portuguĂȘs), que rapidamente se tornou uma das mais queridas pelos fĂŁs de Pocahontas.
Menken comentou: “Essa mĂșsica mudou tudo. HĂĄ uma maneira de uma canção influenciar profundamente a narrativa, e essa foi uma canção extremamente significativa”.
6 – O AMADO GUAXINIM MEEKO QUASE FOI REMOVIDO DA ANIMAĂĂO
ApĂłs a estreia do filme, muitos fĂŁs ao redor do mundo se encantaram com Meeko e Flit, os dois fiĂ©is amigos animais de Pocahontas. No entanto, poucos sabem que o adorado guaxinim quase foi removido da animação. Inicialmente, a ideia era incluir trĂȘs personagens para acompanhar Pocahontas: Meeko, Flit e um peru chamado Readfather.
7 – O CACHORRINHO PERCY REALMENTE EXISTIU NA VIDA REAL?
No filme, outro personagem que chama bastante atenção Ă© Percy, o pug fiel ao governador Ratcliffe, que possui uma personalidade bem semelhante Ă de seu dono. Ao contrĂĄrio do que podemos pensar, ele nĂŁo foi criado apenas para ser um elemento cĂŽmico da histĂłria, mas sim uma figura que realmente poderia ter existido! Segundo o site da revista Cosmopolitan, o diretor de pesquisa Mike Gabriel revelou que, durante suas investigaçÔes, descobriu que, naquela Ă©poca, era comum a realeza britĂąnica levar cĂŁes de pequeno porte em suas viagens. Portanto, Ă© bem possĂvel que, durante a expedição dos colonos que invadiram a tribo Powhatan, algum animalzinho tenha realmente acompanhado a jornada.
8 – NĂO SE SABE O MOTIVO DA VERDADEIRA POCAHONTAS TER MORRIDO
Os estudiosos acreditam que Pocahontas tenha nascido por volta de 1595, embora nĂŁo haja registros precisos sobre o mĂȘs e o dia exatos de seu nascimento. Apesar disso, a Disney fez uma pequena homenagem ao lançar o filme no ano que marcaria o 400Âș aniversĂĄrio da verdadeira Pocahontas.
Amonute faleceu em 21 de março de 1617, aos 21 anos, apĂłs adoecer durante uma viagem de volta Ă VirgĂnia, depois de viver na Inglaterra e formar sua famĂlia. A causa de sua morte nunca foi oficialmente confirmada, e hĂĄ vĂĄrias teorias, incluindo a possibilidade de ter sido vĂtima de tuberculose, pneumonia, varĂola ou atĂ© envenenamento.
9 â A CONTINUAĂĂO FOI MUITO CRITICADA
Embora o filme original tenha sido bem-sucedido, “Pocahontas” nĂŁo teve uma sequĂȘncia de grande sucesso nas bilheteiras. Em 1998, foi lançado “Pocahontas II: Viagem a um Novo Mundo”, um filme direto para vĂdeo que continuava a histĂłria da personagem.
A sequĂȘncia mostrou Pocahontas viajando para a Inglaterra para lidar com as consequĂȘncias polĂticas de sua relação com os colonizadores. No entanto, o filme foi amplamente criticado por nĂŁo conseguir capturar a magia e a profundidade do primeiro, tornando-se uma produção considerada de qualidade inferior.
10 – ESTREIA NO CENTRAL PARK
A prĂ©-estreia de “Pocahontas” aconteceu em 10 de junho de 1995 e contou com a presença de aproximadamente 100 mil pessoas no Central Park, em Nova York.
11 – CINCO ANOS PARA SER PRODUZIDO
A criação de “Pocahontas” levou cinco anos. Segundo os animadores envolvidos, este foi um dos filmes de animação mais difĂceis da Disney, devido Ă complexidade das cores e das expressĂ”es faciais. A produção teve inĂcio ao mesmo tempo que a de “O Rei LeĂŁo” (1994).
Havia uma grande expectativa de que o filme pudesse atĂ© ser indicado ao Oscar de Melhor Filme, assim como aconteceu com “A Bela e a Fera” (1991).
12 – CONCORRĂNCIA NA PRĂPRIA DISNEY
Nos bastidores da Disney, havia uma atmosfera de competição criativa quando dois grupos de animadores estavam trabalhando simultaneamente em “O Rei LeĂŁo” e “Pocahontas”. Embora ambos os projetos tivessem grandes expectativas, a maioria dos executivos da Disney acreditava que “Pocahontas” seria o maior sucesso, devido Ă sua histĂłria Ă©pica, foco em uma personagem histĂłrica e temas profundos de ecologia e cultura. A animação, com belas paisagens e mĂșsicas envolventes, parecia ser o grande trunfo para alcançar o pĂșblico adulto.
No entanto, “O Rei LeĂŁo” surpreendeu a todos. Lançado em 1994, o filme sobre Simba conquistou uma recepção global avassaladora, superando as expectativas e faturando mais bilheteira que a nova princesa da Disney.
Enquanto “Pocahontas” faturou nas bilheterias US$ 346 milhĂ”es (o que jĂĄ Ă© impressionante para uma animação dos anos 90), “O Rei LeĂŁo” superou todas as expectativas, arrecadando impressionantes US$ 986,1 milhĂ”es, tornando-se a animação em 2D de maior bilheteria da histĂłria.
CONCLUSĂO
Em resumo, “Pocahontas” Ă© um filme que nĂŁo apenas encantou o pĂșblico com suas belas animaçÔes e mĂșsicas inesquecĂveis, mas tambĂ©m tocou em questĂ”es profundas sobre cultura, identidade e convivĂȘncia entre diferentes povos. A personagem de Pocahontas tornou-se um sĂmbolo de força, liderança e conexĂŁo com a natureza, algo que ressoou com muitas geraçÔes de espectadores.
AlĂ©m disso, a trilha sonora, com a icĂŽnica “Colors of the Wind”, deixou uma marca na mĂșsica pop, conquistando prĂȘmios e reconhecimento internacional.
“Pocahontas” Ă©, sem dĂșvida, uma das produçÔes da Disney que, mesmo com seus desafios e crĂticas, permanece relevante e cativante, mostrando que a histĂłria e a animação podem se entrelaçar para criar experiĂȘncias marcantes para o pĂșblico de todas as idades.