🎬 13 curiosidades incrĂ­veis sobre a franquia “Sexta-Feira 13” que vocĂȘ (provavelmente) nĂŁo sabia!

A franquia “Sexta-Feira 13” Ă© um dos maiores Ă­cones do gĂȘnero slasher e um marco no cinema de terror. Desde o seu lançamento em 1980, o filme original se tornou um fenĂŽmeno cultural, introduzindo o infame assassino Jason Voorhees e sua mĂĄscara de hĂłquei, elementos que se tornaram sinĂŽnimo de violĂȘncia, suspense e terror psicolĂłgico.

Ao longo dos anos, “Sexta-Feira 13” gerou uma sĂ©rie de sequĂȘncias, remakes e atĂ© mesmo sĂ©ries de TV, construindo um legado que atrai fĂŁs ao redor do mundo. Mas por trĂĄs das cĂąmeras, hĂĄ uma histĂłria fascinante de produção, lendas urbanas e escolhas criativas que marcaram o cinema de terror.

Neste texto, vamos explorar curiosidades incrĂ­veis sobre a franquia, desde os bastidores atĂ© os detalhes mais inesperados que fizeram de “Sexta-Feira 13” um dos maiores sucessos do gĂȘnero, influenciando geraçÔes de cineastas e fĂŁs. Prepare-se para entrar no universo macabro de Crystal Lake!

1 – O DIRETOR ANUNCIOU O FILME ANTES DE TER DINHEIRO PARA REALIZÁ-LO

Com a intenção de aumentar a visibilidade do seu projeto, o cineasta Sean Cunningham publicou um anĂșncio na edição de 4 de julho de 1979 da Variety, com o logotipo da franquia quebrando o vidro.

Embora o conceito do filme jĂĄ estivesse definido, a Georgetown Productions ainda nĂŁo havia garantido o investimento necessĂĄrio, o que representava um grande obstĂĄculo para a estreia planejada para novembro daquele ano. No final, o plano foi bem-sucedido, e Cunningham conseguiu seguir em frente com o projeto.

2 – FOI INSPIRADO EM “HALLOWEEN” DE JOHN CARPENTER

Em 1978, Cunningham estava em busca de uma fĂłrmula para criar seu prĂłprio sucesso de bilheteira, o que encontrou com o filme de John Carpenter, que se tornou um Ă­cone do gĂȘnero.

Embora “Sexta-feira 13” e “Halloween” nĂŁo compartilhem muito alĂ©m da estrutura dos filmes slasher, Cunningham afirma que foi profundamente influenciado pela forma como Carpenter estruturou seu filme.

3 – A FAMOSA MÁSCARA DE HÓQUEI

Jason Voorhees adquiriu sua mĂĄscara de hĂłquei apenas no terceiro filme da sĂ©rie, “Sexta-feira 13 Parte 3” (1982). No inĂ­cio, Jason usava uma mĂĄscara de saco, mas foi no terceiro filme que ele encontrou a mĂĄscara que se tornaria sua assinatura.

Durante o filme, Jason mata um dos personagens, Shelley, que estava usando a mĂĄscara de hĂłquei como parte de uma brincadeira. ApĂłs a morte de Shelley, Jason pega a mĂĄscara, e ela se ajusta perfeitamente ao seu rosto, criando o visual assustador que o tornou famoso.

A mĂĄscara de hĂłquei Ă© agora um dos sĂ­mbolos mais reconhecĂ­veis do terror no cinema, sendo associada a Jason em todas as sequĂȘncias subsequentes da franquia, marcando uma transformação definitiva no personagem e em sua identidade de assassino implacĂĄvel.

4 – EFEITOS ESPECIAIS

“Sexta-feira 13” foi fundamental para consolidar Tom Savini como uma lenda dos efeitos especiais, assim como Savini ajudou a transformar o filme em um marco do gĂȘnero slasher. Quem conhece o trabalho desse mestre dos efeitos sabe que ele Ă© um verdadeiro “MacGyver” do cinema, capaz de criar qualquer coisa com o que tem Ă  mĂŁo.

Durante as filmagens de “Sexta-feira 13”, ele e o assistente Tato Stavrakis usaram a cozinha do acampamento para finalizar alguns efeitos de maquiagem. De acordo com Savini, muitas das prĂłteses de lĂĄtex usadas nas cenas de assassinato foram assadas nos fornos de pizza do local. Agora, imagine a decepção dos outros quando descobriram que, ao invĂ©s de uma deliciosa pizza, o que estavam vendo era mais uma meleca do mestre Savini.

5 – A ICÔNICA TRILHA SONORA

Durante a composição da trilha sonora de “Sexta-feira 13”, Harry Manfredini estava em busca de um som Ășnico que pudesse ser associado sempre que o assassino aparecesse.

Ao assistir pela primeira vez uma cĂłpia do filme, ele ouviu a voz da Sra. Voorhees imitando Jason e dizendo “Mate-a, mamĂŁe!”. Foi aĂ­ que ele teve a ideia que procurava. Manfredini pegou duas sĂ­labas dessa fala, “ki” e “ma” (de “kill mommy”), e as usou para criar o som icĂŽnico que ficou marcado na trilha sonora do filme.

6 – COMO FOI FEITA A MORTE DE KEVIN BACON

A morte mais lembrada do primeiro filme é a de Kevin Bacon. Mas não foi tão simples assim fazer a flecha atravessar o pescoço do ator. Para que a cena funcionasse, Kevin teve que se espremer debaixo da cama e passar a cabeça por um buraco no colchão. Além disso, ele precisou encaixar a cabeça em uma prótese de låtex que simulava o pescoço, criando a ilusão de que estava deitado. Esse processo levou horas, e Bacon precisou ficar em uma posição bastante desconfortåvel.

A situação nĂŁo terminou por aĂ­. O prĂłprio Tom Savini tambĂ©m estava debaixo da cama, ajudando a empurrar a flecha para cima, junto com o assistente, que estava lĂĄ para espirrar o sangue cenogrĂĄfico. Mas a bomba de sangue falso acabou se desencaixando, e para evitar refazer todo o processo, Stavrakis pegou a mangueira e assoprou para fazer o sangue sair, salvando a cena e, sem dĂșvida, a paciĂȘncia de todos que estavam enfiados debaixo da cama.

7 – HARRY CROSBY QUASE FICOU CEGO COM O SANGUE FALSO

Para a cena em que Bill (Harry Crosby) Ă© morto por vĂĄrias flechas, incluindo uma que atinge seu olho, Tom Savini usou uma fĂłrmula de sangue cenogrĂĄfico que continha uma substĂąncia chamada PhotoFlo, com o objetivo de fazer com que o lĂ­quido encharcasse as roupas e parecesse mais realista.

No entanto, esse produto nĂŁo era indicado para ser usado no rosto dos atores, especialmente em ĂĄreas sensĂ­veis. Durante a filmagem da cena, o lĂ­quido acabou entrando nos olhos de Crosby, causando uma dor intensa quando a prĂłtese foi removida. O ator precisou ser levado ao hospital para tratamento, mas felizmente se recuperou bem.

8 – VÁRIOS ATORES PARA INTERPRETAR JASON

No primeiro filme, Jason foi interpretado por vĂĄrios atores. Isso ocorreu porque, durante as filmagens, Cunningham ainda estava procurando uma atriz para interpretar a Sra. Voorhees, o que significa que muitas cenas foram gravadas antes de Betsy Palmer chegar ao set.

Enquanto isso, membros da produção assumiram o papel de Jason em algumas cenas. Um exemplo disso é a morte de Annie (Robbi Morgan), que contou com a ajuda do assistente de efeitos especiais, Taso Stavrakis.

9 – QUEM CRIOU A CENA FINAL ASSUSTADORA DO PRIMEIRO FILME?

HĂĄ controvĂ©rsias sobre quem realmente criou a icĂŽnica cena final de “Sexta-feira 13”, em que um Jason deformado sai do lago e agarra Alice (Adrienne King) enquanto ela estĂĄ em uma canoa.

Victor Miller, Tom Savini e o roteirista nĂŁo creditado Ron Kurz todos se consideram os responsĂĄveis pela criação dessa cena. Kurz afirma que foi ele quem transformou Jason em uma “criatura”, enquanto Savini menciona que se inspirou na cena final de “Carrie, a Estranha”.

No entanto, essa cena não estava no roteiro original de Miller, que, tecnicamente, é o responsåvel por ela e, portanto, leva os créditos.

10 – JASON NÃO ERA PARA SER O VILÃO

Apesar de toda a mitologia macabra criada ao redor de “Sexta-feira 13”, a verdadeira vilĂŁ da franquia Ă©, na visĂŁo de Victor Miller, a mĂŁe de Jason. Ele considerava isso um elemento essencial para a histĂłria. Por isso, quando a sequĂȘncia trouxe Jason como o novo assassino, Miller ficou desapontado: “Para ser sincero, eu nĂŁo vi nenhuma das sequĂȘncias, mas tenho um grande problema com todas elas, porque fizeram de Jason o vilĂŁo”, explica Miller.

O escritor ainda ressalta que, originalmente, Jason era uma vĂ­tima, e nĂŁo o verdadeiro vilĂŁo da histĂłria.

11 – HOMENAGEM NO MTV MOVIE AWARDS

Bem distante das formalidades do Oscar, o MTV Movie Awards Ă© uma premiação mais descontraĂ­da da indĂșstria cinematogrĂĄfica. Em 1992, mesmo sem aparecer nas telas desde 1988, o personagem Jason Voorhees recebeu um prĂȘmio honorĂĄrio pelo conjunto da obra, em reconhecimento ao seu “impacto na arte do cinema”.

Ele foi o primeiro de uma pequena seleção de personagens fictĂ­cios a ser agraciado com o prĂȘmio, ao lado de figuras como Godzilla e Chewbacca. Jason recebeu sua homenagem de mĂĄscara e smoking, sendo interpretado pelo ator e comediante Jon Lovitz.

12 – O ACAMPAMENTO É REAL E FUNCIONA ATÉ HOJE

O icĂŽnico acampamento de Crystal Lake realmente existe, mas sob o nome de Camp No-Be-Bo-Sco, destinado a escoteiros. O local usado nas filmagens de 1979 ainda estĂĄ em funcionamento e possui uma loja de souvenirs de “Sexta-feira 13” — lĂĄ, os visitantes podem encontrar pedaços da madeira do deck usado no filme e garrafas com ĂĄgua do lago.

Para a alegria dos fĂŁs, de vez em quando, o acampamento organiza passeios temĂĄticos sobre o filme.

13 – ORÇAMENTO MODESTO E BILHETERIA INACREDITÁVEL

O primeiro filme foi feito com um orçamento modesto de aproximadamente US$550 mil. Apesar de ter um custo baixo, o filme foi um enorme sucesso de bilheteira.

“Sexta-feira 13” arrecadou US$59 milhĂ”es, um resultado extraordinĂĄrio para um filme de baixo orçamento. Com isso, o longa conseguiu um retorno financeiro superior a 70 vezes o valor investido, o que ajudou a consolidĂĄ-lo como um fenĂŽmeno cultural e iniciou uma franquia que geraria inĂșmeras sequĂȘncias, remakes e produtos derivados.

CONCLUSÃO

A franquia “Sexta-Feira 13” se consolidou como um dos pilares do gĂȘnero slasher, deixando uma marca indelĂ©vel na cultura pop. Desde o primeiro filme, lançado em 1980, atĂ© os inĂșmeros sequels, remakes e atĂ© mesmo a presença de Jason Voorhees no cinema e na TV, a saga se mantĂ©m viva, gerando novos fĂŁs e renovando o legado de um dos assassinos mais icĂŽnicos do cinema.

A combinação de um vilĂŁo quase invencĂ­vel, o ambiente de tensĂŁo e a atmosfera sombria das histĂłrias de “Sexta-Feira 13” conquistou geraçÔes. AlĂ©m disso, o impacto da franquia transcendeu o terror, influenciando outras produçÔes de suspense e ação, e atĂ© a indĂșstria dos videogames.

Embora tenha enfrentado altos e baixos, a franquia permanece firme no imaginĂĄrio dos fĂŁs, garantindo que Jason e seus assassinatos sangrentos ainda sejam lembrados como um marco do horror cinematogrĂĄfico.

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